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1. Que há um só Deus - O Pai, o Filho e o Espírito Santo;

2. Que a Bíblia Sagrada, Antigo e Novo Testamento, é a Palavra de Deus infalível e inspirada pelo Espírito Santo;

3. Que o homem nasce com uma natureza corrompida e é, portanto, inclinado para o mal;

4. Que aquele que fica nessa situação até o fim fica perdido eternamente e sem esperança;

5. Que Jesus Cristo é o único caminho entre Deus e o homem e que através da sua expiação, morte e ressurreição, todo aquele que se arrepende de seus pecados e crê nele é justificado, regenerado e salvo do domínio do pecado;

6. Que o Espírito Santo testifica do novo nascimento e também da inteira santificação dos crentes;

7. Que o nosso Senhor Jesus voltará e os mortos em Cristo serão ressuscitados e se realizará o juízo final.

Os 28 Artigos da Breve Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo

1° Do testemunho da natureza quanto a existência de Deus Existe um só Deus (Dt 6.4; 1 Co 8.4-6), vivo e pessoal (Ex 3.14; Jr 10.10); suas obras no céu e na terra manifestam, não meramente que existe, mas que possui sabedoria, poder e bondade tão vastos que os homens não os podem compreender (Sl 8.1; Rm 1.19,20); conforme sua soberana e livre vontade governa todas as coisas (Sl 135.6; Rm 9.15,16).

2° Do testemunho da revelação a respeito de Deus e do Homem Ao testemunho das suas obras Deus acrescentou informações (Hb 1.1) a respeito de Si mesmo (Ex 34.5-7), e do que requer dos homens (2 Tm 3.15-17). Essas informações se acham nas Escrituras Sagradas do Velho e do Novo Testamento (*), nas quais possuímos a única regra perfeita para nossa crença sobre o Criador, e preceitos infalíveis para todo o nosso proceder nesta vida (Is 8.19,20; Dt 4.2; Ap 22.18,19; 2 Tm 3.16,17). (*)  Os livros apócrifos (ou deuterocanônicos) não são parte da Escritura divinamente inspirada.

3° Da natureza dessa revelação As Escrituras Sagradas foram escritas por homens santos, inspirados por Deus, de maneira que as palavras que escreveram são as palavras de Deus (2 Pe 1.19-21; 2 Tm 3.16). Seu valor é incalculável (Rm 3.1,2; Sl 19.7-11), e devem ser lidas por todos os homens (Is 34.16; Lc 16.29; Jo 5.39).

4º Da natureza de Deus Deus, o soberano proprietário do Universo, é Espirito (Jo 4.24), Eterno (Dt 32.40), Infinito (Jr 23.24), e imutável em sabedoria (Sl 147.5), poder (Gn 17.1), santidade (Sl 143.17), justiça (Dt 32.4), bondade (Mt 19.17) e verdade (Jo 7.28).

5º Da trindade na Unidade Embora seja um grande mistério que existam diversas Pessoas em um só Ente, é verdade que na Divindade há uma distinção de Pessoas, indicada nas Escrituras Sagradas pelos

nomes Pai, Filho e Espirito Santo (Mt 28.19) e pelo uso dos pronomes Eu, Tu e Ele empregados por Elas, mutuamente entre Si (Jo 14.16,17).

6º Da criação do homem Deus, tendo preparado esse mundo para habitação do gênero humano, criou o homem (Gn 1.2-27), constituindo-o de uma alma que é espirito (Ec 12.7; Mt 10.28), e de um corpo composto de matérias terrestres (Gn 2.7). O primeiro homem foi feito à semelhança de Deus (Gn 1.26,27), puro, inteligente e nobre, com memória, afeições e vontade livre, sujeito Àquele que o criou, mas com domínio sobre todas as outras criaturas desse mundo (Gn 1.28).

7º Da queda do homem O homem assim dotado e amado pelo Criador era perfeitamente feliz (Gn 1.31); mas tentado por um espirito rebelde (chamado por Deus Satanás), desobedeceu ao seu Criador (Gn 2.16,17; 3.6); destruiu a harmonia em que estivera com Deus; perdeu a semelhança divina; tornou-se corrupto e miserável; deste modo vieram sobre ele a ruína e a morte (Rm 5.12).

8º Da conseqüência da queda Estas não se limitaram ao primeiro pecador. Seus descendentes herdaram dele a pobreza, a desgraça, a inclinação para o mal e a incapacidade de cumprir bem o que Deus manda (Sl 50.7); por conseqüência todos pecam, todos merecem se condenados, de fato todos morrem (Rm 5.12, 15-19; 1 Co 15.21,22).

9º Da imortalidade da alma A alma humana não acaba quando o corpo morre. Destinada por seu Criador para uma existência perpétua, continua capaz de pensar, desejar, lembrar-se do passado, e gozar a mais perfeita paz e regozijo; e também de temer o futuro, sentir remorso e horror, e sofrer agonias tais que mais quereria acabar do que continuar a existir (Lc 16.19-31;23.43; Mt 25.46); o pecador pela sua rebelião contra o seu Criador merece para sempre esta miséria, que é chamada por Deus a segunda morte (Ap 21.8).

10° Da consciência e do Juízo Final Deus constituiu a consciência juiz na alma do homem (Rm 2.14,15). Deu-lhe mandamentos pelos quais se decidissem todos os casos (Mt 22.36-40); mas reservou para Si o julgamento final, que será em harmonia com seu próprio caráter (Sl 50.6; At 17.30,31). Avisou os homens da pena com que punirá toda injustiça, maldade, falsidade e desobediência ao Seu governo (Gl 3.10); cumprirá Suas ameaças punindo todo pecado com exata proporção à culpa (2 Co 5.10).

11° Da perversidade do homem e do Amor de Deus Deus, vendo a perversidade, a ingratidão e o desprezo com que os homens lhe retribuem Seus benefícios, e o castigo que merecem (Hb 4.13); cheio de misericórdia compadeceu-se deles; jurou que não deseja a morte dos ímpios (Ez 33.11); além disso, amou-os, e mandou declarar-lhes, em palavras humanas, Sua imensa bondade para com eles; e quando os pecadores nem com tais palavras se importavam, Ele lhes deu a maior prova do Seu amor (Jo 3.16; Rm 5.8,9), enviando-lhes um Salvador que os livrasse completamente da ruína e da miséria, da corrupção e condenação, e os restabelecesse para sempre no Seu favor (2 Co 5.18-20).

12° Da origem da Salvação Esta salvação, tão preciosa e digna do Altíssimo (porque esta inteiramente em harmonia com o seu caráter), procede do infinito amor do Pai, que deu Seu Unigênito Filho para salvar os seus inimigos (Jo 3.16-18; 1 Jo 4,9).

13° Do autor da salvação Foi adquirida, porém, pelo Filho, não com ouro, nem com prata, mas com Seu sangue (1 Pe 1.18,19), pois tomou para Si um corpo humano e alma humana (Hb 2.14), preparados pelo Espirito Santo no ventre de uma virgem (Mt 1.20); assim, sendo Deus e continuando a sê-lO, se fez homem (Jo 1.1,14). Nasceu da Virgem Maria, viveu entre os homens (At 10.38), como se conta nos Evangelhos, cumpriu todos os preceitos divinos (Jo 17.4; 1Pe 2.22), e sofreu a morte e a maldição como substituto dos pecadores (Gl 3.13), ressuscitou (Mt 18.5,6) e subiu ao céu (Mc 16.19). Ali intercede pelos seus remidos (Hb 7.25) e para valer-lhes tem todo o poder no céu e na terra (Mt 28.18), É nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (At 5.31), que oferece, de graça, a todo pecador, o pleno proveito da Sua obediência e sofrimento, e o assegura a todos que, crendo nEle, aceitam-nO por seu Salvador (Jo 1.12; 1 Jo 5.12).

14° Da obra do Espírito Santo no pecador O Espírito Santo enviado pelo Pai (Jo 14.16, 26; 15.26) e pelo Filho (Jo 16.7), usando das palavras de Deus (Ef 6.17), convence o pecador dos seus pecados e de sua ruína (Jo 16.8), mostra-lhes a excelência do Salvador (Jo 16.14), move-o a arrepender-se, a aceitar e confiar em Jesus Cristo. Assim produz a grande mudança espiritual chamada nascer de Deus (Jo 1.12,13). O pecador nascido de Deus está desde já perdoado, justificado e salvo; tem a vida eterna e goza das bênçãos da salvação (Gl 3.26; 4.6,7; Rm 8.16,17).

15° Do impenitente Os pecadores que não crerem no Salvador, e não aceitarem a salvação que lhes está oferecida de graça, hão de levar a punição de suas ofensas (Jo 3.36), pelo modo e no lugar destinados para os inimigos de Deus (2 Ts 1.8,9).

16° Da única esperança de salvação Para os que morrem sem aproveitar-se desta salvação, não existe no porvir além da morte um raio de esperança (Jo 8.24; Lc 16.25, 26). Deus não deparou remédio para os que , até o fim da vida neste mundo, perseverarem nos seus pecados. Perdem-se. Jamais terão alívio (Mc 9.42, 43).

17° Da obra do Espírito Santo no crente O Espírito Santo continua a habitar e a operar naqueles que faz nascer de Deus (Jo 14.16,17); esclarece-lhes as mentes mais e mais com as verdades divinas (Jo 16.13), eleva e purifica-lhes as afeições, adiantando neles a semelhança de Jesus (2 Co 3.18); estes frutos do Espírito são provas de que passaram da morte para a vida, e que são de Cristo (Gl 5.22,23; Rm 8.9).

18° Da união do crente com Cristo e do poder para o Seu serviço Aqueles que têm o Espírito de Cristo estão unidos com Cristo (Ef. 5.29,30), e como membros do Seu corpo recebem a capacidade de servi-lO (Jo 15.4-7). Usando esta capacidade procuram viver, e realmente vivem, para a glória de Deus Seu Salvador (1 Co 6.20; 10.31).

19° Da união do Corpo de Cristo A Igreja de Cristo no céu e na terra é uma só (Ef 3.15; 4.4) (*), e compõe-se de todos os sinceros crentes no Redentor (1 Co 12.13), os quais foram escolhidos por Deus, antes de haver mundo (Ef. 1.11) para serem chamados e convertidos nesta vida, e glorificados durante a eternidade (Rm 8.29,30). (*) - Nas Escrituras Sagradas, porém, usa-se deste título muitas vezes no plural As Igrejas (Rm 16.4 e 1 Co 16.19) e aplica-se no singular (Rm 16.5; 1 Ts 1.1; Ap 1.4), a uma associação

de crentes em qualquer cidade como Éfeso, Esmirna ou Rio de Janeiro, congregada no nome do Salvador para conduzir-se de acordo com as regras que Ele deixou às suas Igrejas.

20° Dos deveres dos crentes É de obrigação aos membros de uma igreja local (veja a nota precedente): a) reunirem-se (Mt 18.20; Hb 10.25) para fazerem orações e darem louvores a Deus, estudarem Suas palavras, celebrarem os ritos ordenados por Ele, valerem uns aos outros e promoverem o bem de todos os irmãos; b) receberem (Rm 14.1) entre si, como membros, aqueles que pedem e que parecem verdadeiramente filhos de Deus pela fé. c) excluírem (1 Co 5.3-5; Mt 18.15-17) aqueles que depois mostram, pela desobediência aos preceitos do Salvador, que não são de Cristo; d) procurarem o auxílio e proteção do Espírito Santo em todos os seus passos (Gl 5.16-25; Rm 8.5,16).

21° Da obediêcia dos crente Ainda que os salvos não obtenham a sua salvação pela sua obediência a lei senão pelos merecimentos de Jesus Cristo (Ef 2.8,9), recebem a lei e todos os preceitos de Deus como um meio pelo qual Ele lhes manifesta Sua vontade sobre o procedimento dos remidos (Jo 14.15; 1 Jo 5.2,3) e guardam-nos tanto mais cuidadosa e gratamente por se acharem salvos de graça (Tt 3.4-8) (*). (*)  O tributar culto a qualquer criatura, quer seja homem, anjo, cruz, livro ou imagem ou a Deus por meio deles, opõe-se inteiramente a estes preceitos e a todo o gênio do verdadeiro Cristianismo (Ex 20.3-5; Cl 2.18,19).

22° Do sacerdócio dos crentes e dos dons do Espírito Todos os crentes sinceros são sacerdotes para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo (1 Pe 2.5-9; Rm 12.1), que é o Mestre (Mt 23.8-10), Pontífice (Hb 3.1), e única Cabeça da sua Igreja (Ef 1.22); mas, como Governador da sua Casa (Hb 3.6) estabeleceu nela diversos cargos (1 Co 12.28), como de Pastor (Ef 4.11), Presbítero (1 Tm 3.1-7), Diácono (1 Tm 3.8-13) e Evangelista; para eles escolhe e habilita, com talentos próprios, aos que Ele quer para cumprirem os deveres destes ofícios (Ef 4.12,13; 1 Pe 5.1), e quando existem devem ser reconhecidos pela Igreja como preparados e dados por Deus (1 Ts 5.12,13; Fp 2.29).

23° Da relação de Deus para com Seu povo O Altíssimo Deus responde as orações (Mt 18.19) que, com fé , em nome de Jesus, o único Mediador (1 Tm 2.5) entre Deus e os homens, lhes são apresentadas pelos crentes, aceita seus louvores (Cl 3.16,17) e reconhece como feito a Ele, todo o bem feito aos Seus (Mt 25.40-45).

24° Da lei cerimonial e dos ritos critãos Os ritos judaicos, divinamente instituídos pelo ministério de Moisés, eram sombras de bens vindouros e cessaram quando os mesmos bens vieram (Hb 10.1; Cl 2.16,17); os ritos cristãos são somente dois: o Batismo com água (Mt 28.19; At 10.47,48) e a Ceia do Senhor (Mt 26.26-28;. 1 Co 11.23-29).

25° Do Batismo com água O Batismo com água foi ordenado por Nosso Senhor Jesus Cristo como figura do Batismo verdadeiro e eficaz, feito pelo Salvador quando envia o Espírito Santo para regenerar o pecador (Mt 3.11; 1 Co 12.13). Pela recepção do Batismo com água a pessoa declara que aceita os termos do pacto em que Deus assegura aos crentes as bênçãos da Salvação (At 2.41; 8.12).

26° Da Ceia do Senhor Na Ceia do Senhor, como foi instituída pelo Nosso Senhor Jesus Cristo, o pão e o vinho representam vivamente ao coração do crente o corpo que foi morto e o sangue que foi derramado no Calvário (1 Co 10.16) (*); e participar do pão e do vinho representa o fato que a alma recebeu seu Salvador. O crente faz isso em memória do Senhor, mas é da sua obrigação examinar-se primeiro fielmente quanto à sua fé, seu amor e seu procedimento (1 Co 11.28,29). (*)  a idéia de que o pão e o vinho tornam-se em Deus e devem ser adorados opõe-se aos sentidos, à razão e às Escrituras Sagradas. Adorá-los é idolatria.

27° Da Segunda Vida do Senhor Nosso Senhor Jesus Cristo virá do céu como homem (At 1.11), em Sua própria glória (Mt 25.31) e na glória de Seu Pai (Mt 16.27), com todos os Santos e Anjos (Zc 14.5; Mt 25.31); assentar-se-á no trono da Sua glória e julgará todas as nações.

28° Da resureição para a vida ou para a condenação Vem a hora em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e ressuscitarão (Jo 5.25-29), os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro (1 Co 15.22,23; 1 Ts 4.13-16); os crentes que nesse tempo estiveram vivos serão mudados (1 Co 15.51,52), e sendo arrebatados estarão para sempre com o Senhor (1 Ts 4.17); os outros também ressuscitarão, mas para a condenação (Jo 5.29).

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